A população do vale do Rio Olo é rica em costumes e tradições. Fica a conhecer melhor a etnografia da região para disfrutares de uma experiência o mais real possível!
A vida no campo
As atividades agrícolas eram fonte de rendimento das comunidades rurais. A produção de mel e
vinho continuam a ter grande impacto na região. Os lavradores tinham, em muitos casos, uma ocupação suplementar nas minas da serra da Meia Via.
Conservar para sustentar
A criação de animais também era fonte de sustento da população. Após a matança do
porco, a carne era conservada em salgadeiras. Não haviam frigoríficos na altura.
Alimentos energéticos
Os pratos típicos da região surgiram com o propósito de dar sustento aos trabalhadores,
do campo e da floresta, por isso são muito energéticos e nutritivos. Destacam-se dois: o
caldo (feito com os ossos da coluna vertebral do porco, batata e feijão) e as papas (feitas com
legumes – tronchuda, couve ou nabiça – e farinha de milho).
Trabalhar em alegria: a desfolhada
Com a maturação do milho, faziam-se as desfolhadas, separando-se as espigas do folhelho (usado no enchimento de colchões). As desfolhadas eram animadas por tocadores de concertina ou acordeão. Quando algum dos “desfolhantes” encontrava uma espiga vermelha, tinha direito a abraçar um outro à sua escolha.
Cuidar o território
Depois da florestação da serra do Marão e da Meia Via, em 1916, foram construídas as Casas
da Guarda onde viviam os guardas florestais, com as suas famílias, para poderem vigiar a floresta.
Arquitetura vernacular
Muitas das aldeias do Rio Olo mantêm a sua arquitetura tradicional, com casas construídas em granito e xisto e cobertas a colmo ou lousa.
A vida é uma festa
Todas as aldeias do Rio Olo têm a sua festa religiosa dedicada ao santo padroeiro. Além disso, são organizadas festas/feiras temáticas, para promover produtos da região.